Docências compartilhadas, formação continuada e a Lei 10.639/03

Uma abordagem crítica da colonialidade étnico-racial, de gênero e de classe nas escolas públicas de São Paulo

A pesquisa visa construir uma epistemologia interseccionada e transversal – entre culturas urbanas de matriz africana, o currículo do ensino fundamental e a crítica da colonialidade étnico-racial e de gênero – para fundamentar a pesquisa em cinco escolas públicas de São Paulo, bem como a formação docente e discente. Pretende-se provocar rupturas na matriz colonial do conhecimento com base na história e culturas africana e afro-brasileira praticadas no território urbano periférico, de modo a contemplar a diversidade étnico-racial do país no âmbito da formação escolar e garantir a efetivação da Lei 10.639/2003. O objetivo é desenvolver um conhecimento transdisciplinar em sala de aula, por meio de pesquisa teórica e de campo, com docentes da rede básica de ensino, arte-educadores e pesquisadores da universidade. Com ênfase na democratização do ensino, em uma perspectiva emancipatória e crítica (Adorno; Davis), pretende-se criar novas estratégias pedagógicas críticas (Freire; hooks; Giroux; Duncan-Andrade & Morrel) , interseccionadas (Davis; hooks; Lorde; Gonzales; Collins), decoloniais (Anibal Quijano; Maldonado-Torres; Maria Lugones; Ramón Grosfoguel; Walsh) e que sejam culturalmente relevantes (Nascimento, A.; Nascimento, B.; Gomes; Carneiro; Lamont-Hill). A metodologia envolverá docências compartilhadas entre professores do ensino básico, arte-educadores e pesquisadores das escolas parceiras, que darão subsídios para epistemologias e práticas de ensino transdisciplinares, interseccionadas e culturalmente relevantes, necessárias ao aperfeiçoamento e aprofundamento do currículo da cidade de São Paulo.

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