O RAP COMO POTÊNCIA DE LETRAMENTO: CAMINHOS DE UMA EDUCAÇÃO EMANCIPATÓRIA
O rap como potência de letramento é um meio de (re)pensarmos possibilidades efetivas de enriquecimento das práticas relacionadas ao uso social da língua, tanto em sua modalidade escrita, quanto oral, na escola. A força de uma linguagem transgressora traz a condição de um contradiscurso por meio do questionamento do vivido e da denúncia de uma realidade opressora que recai sobre a experiência de crianças e jovens pobres e negros oriundos das classes mais marginalizadas do Brasil, e abre a perspectiva de ressignificação das concepções e paradigmas de ensino, sobretudo em tempos em que prevalece uma lógica conservadora a respeito do funcionamento das ações educacionais. Sem escolarizar o rap, a ideia é oferecer uma reflexão que evidencie o gênero como uma abordagem que potencializa a oportunidade de fomento do pensamento do aluno, além de provocá-lo a fazer perguntas sobre o mundo que o cerca, e levá-lo a conhecer modos de expressão que buscam a transformação social e a superação da desigualdade.